Apresentação

A gestão da ABEPSS "Em luta, seguimos atentas e fortes: Luciana Cantalice, presente!" (2023-2024) elege, no contexto da 7ª edição do Projeto ABEPSS Itinerante e nos marcos de sua campanha de gestão - A formação Antirracista - como tema, “As Diretrizes Curriculares, o debate étnico-racial e os projetos pedagógicos”.

O Projeto ABEPSS Itinerante é uma capacitação continuada com formato de curso de aperfeiçoamento, desenvolvido, desde 2011, pela ABEPSS com o propósito de “fortalecer as estratégias político-pedagógicas de enfrentamento à precarização do ensino superior, por meio da difusão dos princípios, conteúdos e desafios colocados para a consolidação das Diretrizes Curriculares (DC) como instrumento fundamental na formação de novos profissionais” (ABEPSS, 2011, p.15).

A centralidade do debate étnico-racial no Serviço Social tem sido apontada nos eventos da ABEPSS e nos espaços de debate do Serviço Social como uma estratégia de defesa da formação profissional de qualidade, articulada à necessidade histórica de fortalecimento das Diretrizes Curriculares da ABEPSS de 1996, com o objetivo de fortalecer as Diretrizes Curriculares articulando o debate sobre a questão étnico-racial, na perspectiva de um projeto de formação e trabalho profissional antirracista e anticapitalista, considerando a necessidade de aprofundamento deste debate na direção teórico-metodológica no campo dos fundamentos do marxismo para a compreensção da vida social e da crítica radical deste sistema de produção e reprodução da vida, seus sujeitos históricos no movimento da classe trabalhadora.

O racismo neste sentido, visto na perspectiva de totalidade histórica, atravessado dialeticamente pela historicidade, particularidades e singularidades que interpela a sociedade e a profissão no contexto de crise do capital (sem perder de vista seus antecedentes e determinações históricas que o constitui).

Este exercício coletivo, objetiva ainda, demarcar e aprofundar, quais são as diferentes e possíveis abordagens à questão como elemento da sua crítica necessária (uma vez plural, e ora, eclético), tendo por referência o acúmulo e os avanços que o Serviço Social brasileiro construiu e constroi em seu legado, deixando assim, a sua efetiva contribuição para o debate classe, raça, gênero/sexualidade e território nas determinações do Trabalho e da Questão Social. Esta edição mais uma vez, se coloca como instrumento da formação continuada que articula Trabalho e Formação Profissional para o fortalecimento do projeto ético-político do Serviço Social brasileiro.